segunda-feira, 28 de abril de 2008

Com o toque do papai Joel

A estrela de Joel brilha mais uma vez
Foto: globo.com

Por Leonardo Necco


A vitória do Flamengo no primeiro jogo das finais do Carioca de 2008 premiou a ousadia (quem diria?) de Joel Santana. Depois de um primeiro tempo chato e com muitas faltas, o técnico mudou o rumo da partida na segunda etapa, com duas alterações: Diego Tardelli e o predestinado Obina. Em campo, eles foram, junto com Léo Moura, os protagonistas do triunfo rubro-negro, que teve Joel como grande destaque.

O gol da partida nasceu de um contra-ataque mortífero. Léo Moura roubou a bola de Eduardo e encontrou Diego Tardelli livre na direita. O atacante invadiu a área e ro
lou para Obina, que só teve o trabalho de mandar a bola para o fundo das redes.

Foto: lancenet
- O predestinado: Obina, mais uma vez, mostrou que decisão é com ele. Longe de ser craque, Obina é um lutador. Aquele tipo de atacante que acredita em todas as bolas e incomoda o zagueiro o tempo todo. Além do mais, é uma figura folclórica, com a cara do Mengão.

- O predestinado II: outro que tem se mostrado decisivo na reta final é o atacante Diego Tardelli. Na decisão da Taça Guanabara, ele fez o golaço que deu o título ao Flamengo contra o mesmo Botafogo. Hoje, mostrou velocidade e fez um passe de quem sabe. Pena que a cabeça é miudinha.

- Dia de vilão: Por muito pouco o jovem Eduardo não foi o herói da partida. Aos 28 minutos, ele driblou dois marcadores e deslocou Bruno com um belo toque. A bola, caprichosamente, acertou a trave. Cinco minutos depois, ele trocou de papel. Ao tentar driblar Léo Moura, perdeu a bola que deu origem ao contra-ataque que terminou no gol da vitória rubro-negra. Apesar da vacilada, é preciso preservá-lo. E Cuca sabe disso.

- Dia de herói: foi Cuca quem apoiou o goleiro Renan após a péssima estréia contra a Portuguesa, pela Copa do Brasil, na quarta-feira. O garoto correspondeu e fez uma excelente partida. Foi, ao lado de Lúcio Flávio e Wellington Paulista, o destaque da equipe alvinegra. Com direito a uma brilhante defesa na finalização do Souza, à queima roupa.

- Ainda dá: O Botafogo até que jogou bem, mas se ressentiu dos titulares, principalmente, da velocidade de Jorge Henrique e do apoio consistente de Alessandro pela direita. A derrota para o Flamengo, contudo, não é o fim do mundo. Basta lembrar que o último jogo foi 3 a 0 para o time de General Severiano. Com a volta de Jorge Henrique, Cuca ganhará mais uma opção na frente. Apesar do resultado adverso, ainda aposto no Botafogo de Cuca.

Foto: Globo.com
- Melhor do Rio: o técnico do Botafogo tem mostrado durante todo o campeonato que é o melhor técnico do Rio. A regularidade do Botafogo impressiona. Na derrota de hoje, o time mostrou personalidade e fez um jogo muito disputado com o flamengo. Se saísse do campo com a vitória, não seria nenhuma injustiça. Além de montar um esquema tático eficiente e ter o grupo na mão, o técnico consegue extrair o máximo de rendimento dos seus jogadores. Hoje, como no ano passado, o Botafogo joga o futebol mais bonito do Rio. Mas isso não basta. É preciso títulos.

- Diferença: o maior obstáculo para o Botafogo no ano passado foi o fator emocional. Este ano, o time parece mais centrado, ainda mais depois do episódio do “chororô”, na final da Guanabara. A dúvida é: como esse time vai reagir se perder o título?

- Homens de preto:
em tempo, boa atuação do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca e de seus auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas e Wagner de Almeida Santos. Desta vez, não teve "chororô".

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