quinta-feira, 8 de maio de 2008

O marinheiro Popeye já sabia

Oposição constrangida

Foto: Ântonio Cruz / Agência Brasil
A expectativa da oposição antes do depoimento da ministra- chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, à Comissão de Infra- estrutura do Senado, ontem, era de que pudesse tentar relacionar Dilma ao suposto dossiê dos gatos com cartões corporativos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Tudo mudou quando o senador José Agripino Maia (DEM-RN) teve a infeliz idéia de dizer que temia que a ministra mentisse, como o fez quando foi presa, durante os interrogatórios da ditadura militar.

A partir daí, só deu Dilma. Ela lembrou ao, digamos, menos esclarecido senador, que, ao mentir, salvou vidas. A cara de paisagem dos outros senadores, constrangidos, diante da pergunta de Agripino denunciou a besteira que esse fez. Dilma aproveitou para ressaltar que os dois deviam estar em momentos diversos na vida naquela época.

Sobre o suposto dossiê, a ministra disse o que já havia dito há tempos: ele não existe. Depois do depoimento, a base aliada, eufórica, já “lança” Dilma como candidata à sucessão de Lula. A oposição diz que as respostas da ministra foram evasivas, mas o clima de derrota ficou evidente após a pergunta do senador Agripino e a reação dos senadores, como você pode ver no vídeo abaixo.


Ressaca rubro-negra como exemplo

Foto: pesquisa google
Abel Braga, após saber que o Flamengo havia sido desclassificado da Libertadores, “comemorou” a vitória do Inter sobre o Sport por apenas um gol, em Porto Alegre, em jogo válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. De acordo com Abelão, o time não corre o risco de jogar de “salto alto” no jogo de volta, no Recife. Menos Abelão, menos.

Quem vencer a disputa entre Inter e Sport Recife enfrentará o vencedor de Corinthians de Alagoas e Vasco. Falando em Vasco, esse sim, tem que tirar
uma lição do tropeço do arqui-rival rubro-negro para o jogo em Alagoas.

Por sinal, Vasco e Inter também irão, como diria minha tia, “medir os bigodes” na abertura do Campeonato Brasileiro deste ano. De um lado, Fernandão e Nilmar, do outro, Leandro Amaral e Edmundo, se não for poupado. Promessa de jogão no Beira Rio.

Vexame Histórico

Foto: globoesporte.com (Agência EFE)
“Nem mesmo Joel Santana poderia imaginar que sua despedida do Flamengo seria melhor”. A frase foi escrita após a conquista do título carioca pelos rubro-negros. Até então, aquele era o derradeiro jogo de Joel Santana no comando do clube da Gávea, antes de assumir a seleção da África do Sul. Talvez Joel devesse ter parado por ali.


Mas Joel não parou. Atendendo a pedidos da diretoria rubro-negra, solicitou à federação de futebol da África do Sul que se apresentasse após o jogo. Foi atendido e deu no que deu.


O futebol nunca perdoou a soberba. Até horas antes do jogo, tudo era festa. Desde a despedida do “papai” Joel, passando pela contratação do “tiozão” Caio Júnior. Até a contusão do “xerife” Fábio Luciano não tirou a tranquiilidade do grupo e muito menos da torcida.

“No fim, o silêncio constrangedor dos mais de 50 mil rubro-negros presentes no Maracanã contrastava com a festa de três dias antes, após o título do Campeonato Estadual (...) A equipe se despediu de Joel Santana. E também da Libertadores.”, escreveu Eduardo Peixoto, no globoesporte.com.


Em seu Blog, Paulo Vinícius Coelho destaca que o erro do Flamengo foi festejar tempo demais, despedir-se demais. E lamenta-se por não ter visto isso antes. “Há acidentes previsíveis, mas que só deixam essa percepção depois de terem ocorrido”, destaca PVC. O título do post é: "Tem coisas que não acontecem só ao Botafogo". No final, ele escreve: “Há coisas que também acontecem ao Flamengo. Se você, como eu, nunca pensou que acontecessem, é bom se lembrar da próxima vez. Tentarei me lembrar”. Eu também, PVC. Eu também!

Resta saber se o time terá forças para reagir no Campeonato Brasileiro e como a torcida vai digerir a desclassificação.


Veja a explicação do inexplicável com o herói e agora vilão, Joel Santana.

Vasco nas semifinais da Copa do Brasil

Foto: Lance!
A goleada de 5 a 1 sobre o Corinthians de Alagoas, praticamente sela a classificação do Vasco para as semifinais da Copa do Brasil. Edmundo e Leandro Amaral foram os nomes do jogo. O Animal marcou dois gols e mostrou bom entrosamento com Leandro, que teve uma reestréia com o pé direito, mancando um belo gol e sendo decisivo na construção da vitória cruzmaltina. Madson, que também reestreava com a camisa do Vasco, teve uma boa atuação na ala esquerda com direito a passe para o gol de Morais.

Foto: Lance!
Apesar da goleada, o time apresentou falhas no sistema defensivo. Os torcedores pegaram no pé do jovem Vilson. Ainda assim, a atuação deu esperanças para a torcida vascaína de que o clube pode fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro, que começa neste fim de semana. O ataque formado por Edmundo e Leandro Amaral já pode ser considerado um dos melhores do Brasil. A torcida mostrou que pode fazer a diferença no caldeirão de São Januário. Lopes, agora, tem que arrumar a “cozinha”.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Madson, uma aposta que pode dar certo

Foto: globoesporte.com

Nesta noite, a outra novidade no time do Vasco, que vai disputar uma vaga nas semi-finais da Copa do Brasil contra o Corinthians de Alagoas, é a escalação do meia Madson como ala pelo lado esquerdo. O jogador nem fazia parte do elenco vascaíno para esta temporada. Após disputar o carioca pelo Duque de Caxias, Madson estava emprestado ao América/RN. O técnico Antônio Lopes lembrou das atuações de Madson no ano passado e pediu a incorporação dele à diretoria.

Madson é uma boa aposta de Lopes. Tem técnica, finaliza bem e é rápido. Sua dificuldade em marcar pode ser compensada pelo esquema tático adotado pelo técnico, que dá liberdade aos alas. Talvez com a modificação, o time deixe de atacar apenas pelo lado esquerdo. Dentre os jogadores que foram testados, Pablo foi o que se saiu melhor, mas apresenta dificuldade em jogar com a canhota. Pablo tem futuro e Lopes sabe disso. Não será surpresa se o jovem jogador aparecer no meio-campo titular nos próximos jogos.

A volta do que não foi

Foto: globo.com

Após o imbróglio judicial em torno da validade de seu contrato, Leandro Amaral reestréia hoje com a camisa 19 do Vasco. Como não poderia deixar de ser, a torcida está dividida entre aqueles que querem que o jogador seja negociado e os que entendem que Leandro deve continuar no Vasco.



Tendo em vista a qualidade do elenco, o Vasco não pode se dar ao luxo de negociar o jogador, se não for por um preço justo. Leandro foi o destaque do time em 2007. Reconquistou, graças à oportunidade que o Vasco lhe deu e, claro, a seu esforço, um espaço que havia perdido há tempos, passando a ser considerado um dos melhores atacantes do país.

Leandro Amaral tinha tudo para conquistar para sempre a torcida do Vasco e marcar sua carreira em um grande clube, coisa que não fez até hoje (a não ser, caro leitor, que você considere a Portuguesa um grande clube). Ao contrário, Leandro preferiu entrar na justiça contra o Vasco para anular seu contrato, alegando que a atual diretoria não cumpriu com o trato de liberá-lo para negociar com um clube do exterior. O jogador é tão ingênuo a ponto de confiar no Eurico Miranda?

O fato é que Leandro tinha um contrato que o prendia ao Vasco e só fez perder tempo no período que esteve no Fluminense, um retrocesso em uma carreira que está mais próxima do fim do que do início.

Negociá-lo não é tarefa fácil. O problema é que não há muitos clubes interessados em investir R$ 10 milhões de reais – multa rescisória estipulada em contrato – em um jogador de 30 anos. E não há disponível no mercado nacional um jogador no mesmo nível de Leandro para que se possa pensar em um troca-troca.

Leandro reinicia hoje sua caminhada com a camisa do Vasco. A torcida é para que ele tenha tanto sucesso quanto no ano passado e edite uma dupla infernal com Edmundo. E, ao final do ano, quando se encerra o seu contrato, que ele siga o seu caminho em paz, seja no Vasco ou em outro clube, respeitando, mais do que contratos, a torcida cruzmaltina.

Mais uma vez Joel e Obina. Mais uma vez Flamengo

Foto: Blog do Lédio Carmona ( G1.com)

Nem mesmo Joel Santana poderia imaginar que sua despedida do Flamengo seria melhor. Mais uma vez, com o toque do técnico, o time rubro-negro derrotou o Botafogo. Mais uma vez, Obina foi o herói da conquista rubro-negra e saiu ovacionado pela torcida do Mengão. Cerca de 80 mil pessoas fizeram uma bela festa no Maracanã e assistiram a conquista do 30º título da história do rubro-negro. Com a vitória, o clube da Gávea empata com o Fluminense na liderança de campeonatos estaduais conquistados.
Foto: Blog do Lédio Carmona ( G1.com)

O jogo foi nervoso toda a vida. No primeiro tempo, o árbitro teve muito trabalho, com os jogadores dos dois times se estranhando. O Flamengo se propôs, desde o início, a jogar no contra-ataque, bem ao gosto de Joel. Prova disso é que escalou o meio campo com quatro volantes: Jaílton, Cristian, Toró e Ibson (que time feio). Mesmo assim, o Flamengo mandou no jogo e teve a oportunidade de sair na frente. O gol que o Ibson perdeu foi incrível. Se fosse na pelada que costumava jogar em São Gonçalo, o meia seria barrado na hora.

O Botafogo saiu na frente. O gol espírita de Lúcio Flávio contou com a co-autoria de Bruno. Um frangaço! Apesar da vantagem, o Botafogo jogou uma de suas piores partidas no campeonato e quase não ofereceu perigo à meta rubro-negra.

Mesmo levando o gol, o Flamengo não se apavorou. Afinal, era decisão e o iluminado, o homem das decisões ainda estava no banco, talvez pensando no vatapá da sua mãe na Bahia. Joel sabia disso e voltou do intervalo disposto a se despedir com mais um título carioca no currículo. Obina e Tardelli entraram no segundo tempo e mudaram a história do jogo, como na primeira partida. Obina foi o nome do jogo com dois gols. Tardelli também teve atuação destacada. O Fla mostrou que tem mais elenco, como disse o vice-presidente de futebol, Kléber Leite. A única opção de ataque no banco do Botafogo era o Fábio. Ai não dá, né, Cuca?

Dia de herói: Obina foi o dono do jogo. Mas Diego Tardelli também arrebentou.

Quase vilões:
ídolos do atual time do Flamengo, o goleiro Bruno e o meia Ibson poderiam ter saído do Maracanã com suas imagens arranhadas. Imagina se o Bota levanta a taça? Com que cara ficaria o Bruno depois do Frango? E o Ibson, como explicaria o gol incrivelmente perdido?


Dia de vilão:
o zagueiro botafoguense Renato Silva não teve a mesma sorte. Após garantir o título da Taça Rio para o Botafogo, ele teve seu dia de vilão ao ser expulso na metade do segundo tempo do jogo de hoje. O Botafogo não deu mostras de que poderia reagir, mas com um a menos, o time desistiu.

Parabéns aos rubro-negros!