quarta-feira, 7 de maio de 2008

A volta do que não foi

Foto: globo.com

Após o imbróglio judicial em torno da validade de seu contrato, Leandro Amaral reestréia hoje com a camisa 19 do Vasco. Como não poderia deixar de ser, a torcida está dividida entre aqueles que querem que o jogador seja negociado e os que entendem que Leandro deve continuar no Vasco.



Tendo em vista a qualidade do elenco, o Vasco não pode se dar ao luxo de negociar o jogador, se não for por um preço justo. Leandro foi o destaque do time em 2007. Reconquistou, graças à oportunidade que o Vasco lhe deu e, claro, a seu esforço, um espaço que havia perdido há tempos, passando a ser considerado um dos melhores atacantes do país.

Leandro Amaral tinha tudo para conquistar para sempre a torcida do Vasco e marcar sua carreira em um grande clube, coisa que não fez até hoje (a não ser, caro leitor, que você considere a Portuguesa um grande clube). Ao contrário, Leandro preferiu entrar na justiça contra o Vasco para anular seu contrato, alegando que a atual diretoria não cumpriu com o trato de liberá-lo para negociar com um clube do exterior. O jogador é tão ingênuo a ponto de confiar no Eurico Miranda?

O fato é que Leandro tinha um contrato que o prendia ao Vasco e só fez perder tempo no período que esteve no Fluminense, um retrocesso em uma carreira que está mais próxima do fim do que do início.

Negociá-lo não é tarefa fácil. O problema é que não há muitos clubes interessados em investir R$ 10 milhões de reais – multa rescisória estipulada em contrato – em um jogador de 30 anos. E não há disponível no mercado nacional um jogador no mesmo nível de Leandro para que se possa pensar em um troca-troca.

Leandro reinicia hoje sua caminhada com a camisa do Vasco. A torcida é para que ele tenha tanto sucesso quanto no ano passado e edite uma dupla infernal com Edmundo. E, ao final do ano, quando se encerra o seu contrato, que ele siga o seu caminho em paz, seja no Vasco ou em outro clube, respeitando, mais do que contratos, a torcida cruzmaltina.

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